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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Devaneios

entre.
venha aqui.
me abrace.
sinta o cheiro da minha pele.
me beije.
acaricie o meu corpo.
me domine e
me tome em seus braços.
rasgue minha roupa.
jogue-a no chão.
sinta meu gosto
cada sabor dos meus poros
exalando desejo

deixe me sentir-te
acariciar-te
beijar-te
sentir o teu sabor
doce
indefinido
acaricia-me
me sente
e deixa eu te sentir
te explorar
te encontrar
numa complexa busca
pelos mais selvagens instintos

penetra meu intimo
me invade
faça de mim o que quiser
use-me
possua-me
toma-me desse mundo insano
e me leve pro irreal
o êxtase inimaginável
do encontro dos corpos
juntando-se num único ser

me devora
me torna mulher
me faz prostituta
me santifica

dama
vagabunda
domada
obedecendo tuas ordens
satisfazendo teus desejos

nessa fúria incessante
incontrolável
interminável
incassiável


provocando todos os sentidos
invadindo o corpo
sem pedir licença
sem carinho

cafajeste
selvagem
lobo em pele de cordeiro

a ponto de enlouquecer os sentidos

audição
visão
olfacto
paladar

gestos,
olhares,
gemidos,
sabores

o corpo pedindo mais
e obedecendo os instintos
cada vez mais fundo
mais forte
mais firme

tremor,
suor,
cansaço,
prazer.


consumando o desejo.

agora vai.
veste tua roupa e vai embora.
não olha pra trás.
não me procura mais.


by: moulin rouge

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